Gerdau e Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) fecham parceria para pesquisa de aço de alta performance

28/07/2022

O acordo celebra as expertises no segmento das duas instituições centenárias

Usina da Gerdau em Ouro Preto (MG) | Créditos: Divulgação Gerdau

A partir de um acordo técnico-científico, as centenárias Gerdau e a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) desenvolvem uma linha de pesquisa de aços ultra resistentes de alta performance.  A parceria é um marco importante na aproximação de instituições consideradas referência em metalurgia para o desenvolvimento tecnológico-científico do Brasil.

O estudo está sendo realizado pelo Grupo de Estudos Sobre Fratura de Materiais (GEsFraM), dentro do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais (DEMET) da Escola de Minas da UFOP. Os pesquisadores do GEsFraM fornecem apoio no desenvolvimento de produto e processo junto à Gerdau, tendo como foco principal o estudo da transformação bainítica, constituinte do aço que atribui ao material tenacidade e resistência mecânica, permitindo força e flexibilidade ao mesmo tempo. Ela pode ser obtida a partir de condições termomecânicas, incluindo resfriamento acelerado, adequadas ao material. A princípio, este estudo se concentra em material para a fabricação de tubos de grande diâmetro para o setor de Óleo e Gás.

Ricardo José de Faria, Especialista de Produtos da Gerdau em Ouro Branco, afirma que o acordo celebra a expertise da UFOP em metalurgia e a experiência prática da Gerdau no setor de aço. “A ideia é fazermos um intercâmbio entre as demandas da usina e o conhecimento da UFOP para a obtenção de um produto diferenciado. A partir dos resultados, pretendemos abrir frente para a aplicação do aço bainítico em outros setores, como a indústrias naval, eólica, por exemplo”.

As linhas de pesquisa aplicadas em produtos de alta performance fazem parte da estratégia de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Gerdau. Além de unir empresa e universidade, as pesquisas buscam soluções para o mercado e para formação de acadêmicos e futuros profissionais para indústria. “Dessa, forma, podemos contribuir juntos no desenvolvimento de materiais fundamentais para o crescimento da infraestrutura do país”, pontua o assessor.